Uma crise que gera oportunidades: Brasil começa exportar peixes para China
Boas notícias para os produtores da piscicultura do Brasil. China habilita 11 novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação de peixe
![fish-farming-976294_640 Fonte: Pixaybay](https://www.nacaoagro.com.br/wp-content/uploads/2019/09/fish-farming-976294_640.jpg)
Quando passar os efeitos negativos desse chacoalhão provocado pelas medidas contenção ao ao avanço do novo coronavírus, alguns setores do agro poderão ter recuperação mais rápida, entre eles o setor de peixes em cativeiro. O governo chinês aprova as condições de abate, higiene e processamento de 11 frigoríficos brasileiros que trabalham com peixes. As plantas habilitadas para exportação de tilápia são Copacol- PR, Netuno-BA, Trutas NR-MG, Vitalmar-SC, Global Food-SP, C.Vale-PR, Zaltana-RO, Frigopesca-MT, Lakes Fisch-GO, Pescado du Vale-RO e Bem Bom Pescados-RO.
O Presidente da Peixe BR Francisco Medeiros , foi o entrevistado da Live Família Nação Agro, desta segunda-feira, e comemorou essa conquista – “Há 3 anos que estamos trabalhando essa negociação com a China. Contamos com parceria do Ministério da Agricultura para que as plantas brasileiras fossem habilitadas para exportação. Agora começa outro processo, mais burocrático de ajuste dos protocolos (normas e regras para segurança e qualidade do alimento). Mas já é um passo importante para o setor.”
A produção brasileira de peixes de cultivo, principalmente tilápia e tambaqui, no ano passado foi de aproximadamente 758.000 toneladas, produzidos por cerca de 300,000 criadores, de acordo com dados da Peixe BR, ainda de acordo com a entidade, o setor registrou crescimento de aproximadamente 5% no ano passado e tem potencial para crescer mais ainda.
Segundo a Associação Brasileira de Piscicultura, a Fundação Getúlio Vargas fez uma pesquisa e mapeou o Setor. “Temos três perfis de produtores: os integrados, nos mesmos moldes dos criadores de frangos e suínos, os verticalizados, que têm frigorífico próprio e comercializam a produção e os independentes. O estudo aponta que os independentes vão passar por mais dificuldades no futuro e por isso uma das recomendações é a união dos criadores em associações, cooperativas ou outra forma de organização para produção e comercialização em grupo.”- afirma Francisco.
Medeiros também comenta sobre a importância da integração e o cooperativismo, pois apresentam mais benéficos e acredita que o momento do Coronavírus possa ser a oportunidade para o crescimento do setor. “O problema não é ser pequeno, médio ou grande.. as maiores empresa de piscicultura, são de integrados, o que faz a diferença é estarmos juntos”, conclui.
Veja a entrevista na íntegra:
Notícias Relacionadas:
SENAR-SP oferece curso de florestamento para proteção de APP
Curso destaca importância ecológica, socioeconômica e legal da proteção das APPs, além dos benefícios à produção agrícola
FAESP comenta alta nos custos da produção de leite
Coordenador da Comissão de Bovinocultura de Leite da entidade, Wander Bastos deu entrevista exclusiva ao Mercado & Companhia
Chuvas voltam a SP a partir do meio da semana
Frente fria trará precipitações pelo oeste e sul do estado de São Paulo