Preços dos citros, do mamão, da manga e da uva registram alta

Índices do Cepea também mostram queda nos valores da banana, da maçã e da melancia. Feriado prolongado diminuiu o ritmo das vendas

Fonte: Pixabay

O período entre a segunda e a terceira semana de junho teve variações nos preços das frutas. O índice é calculado pelo Cepea, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP. Veja a seguir um resumo do mercado:

 

BANANA
Os preços da banana prata caíram em todas as regiões pesquisadas pelo Cepea. No caso de Bom Jesus da Lapa (BA), a redução chegou a 14%. Em média, o quilo foi negociado a R$ 1,46.

No segundo semestre, com o fim do período de entressafra, os produtores estão preocupados com a qualidade disponível no mercado. O motivo são as altas temperaturas registradas neste ano, que podem levar a danos na planta.

 

CITROS
O preço da laranja subiu no mercado de mesa. A razão para isto é que a oferta foi direcionada para as indústrias paulistas. A alta da laranja pera é de 3,3% , com a caixa de 40,8 kg sendo negociada a R$ 18,25 na árvore.

No caso da poncã paulista, a alta é de 5,4%. Já para o limão tahiti, o preço tem sido limitado pela colheita, que está controlada. A valorização chegou a 7,3%.

 

MAÇÃ
O ritmo das vendas caiu um pouco mais com o feriado de Corpus Christi. A oferta controlada ajudou a segurar os preços. Mesmo assim, a queda ficou em 2,5% na média das regiões pesquisadas pelo Cepea. Em Fraiburgo (SC), os valores da variedade fuji graúda diminuíram 8%.

No geral, a caixa de 18 kg da maçã gala categoria 1 foi vendida por R$ 62,80 e a de fuji graúda categoria 1, R$ 53,97 – queda de 2,5 e 3%, respectivamente.

 

MANGA
O aumento nos preços da fruta só não foi maior porque a qualidade ofertada foi irregular, em consequência de áreas com presença de  antracnose e chuvas acima da média no começo do ano em Jaíba e Janaúba (MG).

No norte de Minas Gerais a variedade palmer foi vendida por R1,18, o que representa alta de 5%.

 

MAMÃO
o mamão tipo havaí ganhou valor no mercado em consequência da redução na oferta. No norte do Espírito Santo os preços subiram 5% . O quilo da variedade foi vendido por R$ 2,75. No Sul da Bahia a alta foi ainda maior: chegou a 13%, com média de R$ 3,25 o quilo.

O Cepea estima que o volume baixo disponível no mercado deve fazer com que os preços se mantenham. A expectativa é de que continue assim nas próximas semanas, com exceção para o final do mês, quando a demanda costuma diminuir.

 

MELÃO
A fruta segue com baixa procura pelo consumidor. Com isso, os preços caíram nas principais regiões produtoras. É o caso do melão amarelo a granel no Vale do São Francisco (BA/PE), onde o valor médio chegou a R$ 1,18. O preço representa uma redução de 10% na comparação com a segunda semana de junho.

No Rio Grande do Norte e no Ceará o Cepea registrou uma queda de 5% nos preços do melão amarelo tipo 6 e 7. A média fechou em R$ 27,00 a caixa. A expectativa é positiva para o desenvolvimento da safra, com previsões de temperaturas adequadas e poucas chuvas até a primeira semana de julho.

 

MELANCIA
Os preços caíram em Uruana (GO) na semana passada. A melancia graúda, que é aquela com peso maior que 12 kg, foi vendida por R$ 0,61/kg – isso equivale a uma redução de 7% em relação à semana anterior.

O motivo, segundo o Cepea, foi o volume maior disponível no mercado e também o feriado de Corpus Christi, que diminuiu o ritmo das vendas. O aumento na colheita pode continuar influenciando nos preços nesta semana.

 

UVA

O fim da safra de uva niagara em Louveira, Indaiatuba e Porto Feliz (SP) fez com que o preço da fruta subisse em Pirapora (MG) pela segunda semana seguida. O quilo foi vendido por R$ 5,88 – alta de 20,3% da segunda para a terceira semana de junho.

A distribuição das podas no município mineiro deve evitar quedas drásticas de preços porque a colheita vai ser fracionada.

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