Uma necessidade para o abastecimento da humanidade e sustentação da economia brasileira, o agronegócio depende da disponibilidade dos recursos naturais que são limitados e estão cada vez mais próximos de acabar. Por isso surge a exigência de que o setor trabalhe e se desenvolva de maneira sustentável. Mas, e se essas práticas benéficas ao meio ambiente pudessem ser convertidas em renda para o homem do campo? Este cenário já é possível.

Na Caravana Família Nação Agro realizada nesta quarta-feira, 20, no município paulista de Lavrinhas, o público do programa do SENAR-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de São Paulo) pôde conferir duas palestras sobre adequação ambiental. O primeiro painel, apresentado por Wander Bastos, presidente do Sindicato Rural de Cruzeiro, o assunto foi sobre como trazer renda ao produtor rural por intermédio da recuperação florestal.

Segundo Bastos, uma alternativa interessante para quem busca preservação ambiental mantendo o potencial produtivo da propriedade é o cultivo de plantas frutíferas em áreas de conservação, coleta de sementes, parcerias para obter créditos de carbono e participação no Programa Produtor de Água, do governo federal. “É uma provocação que a gente faz transformar a adequação ambiental em uma atividade rentável”.

Tendo em vista que o Brasil é responsável por 3% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) do mundo e a agricultura brasileira concentra 30% disso, conforme dados do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), o engenheiro florestal Rubens Benini, da organização não governamental TNC (The Nature Conservancy), ressaltou a importância de o produtor conseguir a certificação de créditos de carbono.

“Você, produtor rural, é o elo mais importante disso tudo. Sem você, não tem conservação e restauração. Então vamos trabalhar para que produção e conservação andem juntas com devem andar”, disse Benini.

Abaixo, você confere a palestra completa: